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Inovação: Um jogo de xadrez

Inovação: Um jogo de xadrez
Pedro Romagnoli Gusso
jun. 6 - 3 min de leitura
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Grandes empresas inovadoras, como a Samsung, estão e ainda continuam no topo da pirâmide por um motivo: estão vários passos a frente nas tomadas de grandes decisões.

Nenhum movimento é feito em vão. Exemplo disso, é a notícia, já bastante divulgada, sobre o celular com tela dobrável que a Samsung planejou há dez anos envolvendo MUITAS patentes.

Grandes inovações não são rápidas, geralmente levam tempo e dinheiro. É preciso paciência, estratégia (como um bom enxadrista) e estudo de mercado para não lançar um produto antes do tempo, Google Glass que o diga.

A Samsung, Apple e Google estão no topo por este motivo. A Samsung, por exemplo, teve a paciência de desenvolver um produto, guardado as 7 chaves por 10 anos, pois a espionagem corporativa é cruel, mas corriqueira, e qualquer empresa está sujeita a isso. Verdade seja dita: quem vence não é necessariamente quem lança algo inovador primeiro, mas sim quem executa melhor.

A Royole lançou poucos meses atrás o Flex Pai, o primeiro celular com tela dobrável do mundo. E qual o Resultado? Ninguém ligou.

Isso se deve porque ele é um celular pífio, algo com aspecto barato e relaxado (um smartphone com tela de plástico e um corpo com uma dobradiça muito estranha). Isso comprova o que falei anteriormente, lançar primeiro não significa garantia de sucesso. A Apple não lançou o primeiro celular touch, mas lançou direito, assim como a Tesla não lançou o primeiro carro elétrico.

Esse celular, que poderá ser lançado no final do mês, será recheado com tecnologias robustas que permitirão uma tela dobrável em um celular Flagship (top de linha) da maior vendedora de smartphones do planeta. Obviamente, que a inovação tem um preço (será uma facada), mas isso abrirá espaço para o futuro barateamento do produto. Na curva de adesão, os mais entusiastas terão interesse em pagar uma pequena fortuna por esse celular, que futuramente será aderida por mais pessoas, conforme o preço caia.

A Samsung é apenas um exemplo, a questão aqui é abordar as consequências das companhias não entenderem que, se elas pararem de inovar, perderão mercado para competidores menores, porém mais ágeis e menos engessados. É tiro por todo lado!

Essa mentalidade estratégica deve ser incorporada por todas as empresas, inclusive as startups. Como bater de frente com grandes empresas com orçamento menores e menos influência? A resposta é: olhe além do que todos estão enxergando, e vá além, assim como a Samsung fez com esse celular. Enquanto toda a atenção estava voltada para celulares mais finos, com câmeras melhores, maior processamento e telas com mais pixels, a Samsung viu uma oportunidade em algo que era pouco, ou nada esperado.

Em resumo: planeje, valide, e olhe além do que seus competidores estão enxergando. Espero que eu prove meu ponto com esse celular da Samsung, não sendo um Flex Pai da vida. De qualquer forma, creio que teremos uma nova tendência no mercado de smartphones: telas dobráveis.


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