Devido ao cenário atual, o assunto Transformação Digital ressurgiu ao foco dos debates sobre o presente e futuro dos negócios. Pesquisas realizadas a toque de caixa, sinalizam números que apontam desenvolvimentos de que beiram os dois dígitos em termos de avanço tecnológico. Mas realmente houve avanço, mesmo que mínimo?
Costumo dizer que, empreendo horas em um grande banco, ao invés de simplesmente trabalhar. Este banco tem rotinas repetitivas e tidas como tradicionais, onde o famoso “sempre foi assim” impera. Noto frequentemente que as propostas de melhorias ou solução de problemas estão sempre pautadas nas mais novas tecnologias do mercado, entretanto após sua implantação não performam como previsto e especificado, gerando em muitos casos mais problemas do que soluções. Por muito tempo na minha jornada profissional me perguntei o porquê dessas decisões, por exemplo, porque escolhemos o telefone da última geração, se não vamos ou somos capazes de utilizar todos os seus recursos, será que é para sinalizarmos apenas que temos o recurso ou que queremos elucidar uma questão e resolver um problema? Queremos apenas surfar a última onda high tech?
Tais questões foram ao longo do tempo me direcionando para a ótica humana e recentemente pude concluir que a transformação é feita por pessoas de e para pessoas. O investimento tecnologia sempre será falho, sem que a gestão e o desenvolvimento humano caminhem lado a lado. A digitalização deve ter foco na dor do indivíduo, no que gera desperdício de tempo e energia.
Hoje tenho a convicção que os desafios da sociedade não foram superados por ferramentas ou por tecnologia, mas sim por mentes e ideias inovadoras. Por este motivo a transformação sempre será dos negócios e acima de tudo do ser humano em usar e adaptar ideias e conceitos a sua maneira de ver o mundo.
Mas é aí, a pandemia realmente trouxe avanços que serão perpetuados ao longo dos anos na sociedade?